25/04/2013

Anestesiada...

É assim que me sinto nos últimos dias.
Recebi visitas durante dois fins de semana seguidos e tem mais um pela frente. Eu amo as pessoas que passam pela minha casa. Mas confesso que me sinto exausta só de sorrir, e tentar mostrar algo que eu não sou.
Estou triste, inútil, sem forças... Mas tenho que mostrar-me forte para que não venham as perguntas e mais perguntas..
Sinto que as pessoas tem se afastado de mim.. nessas horas a gente vê quem realmente se importa... Minha família está me dando um apoio que jamais esperaria deles.
A vida tem me mostrado que pequenos atos são muito importantes na vida das pessoas. Como um singelo sorriso e um colo amoroso.
Mais uma vez a vontade insuportável de me cortar veio a tona. Nossa, logo eu que a alguns meses atrás, achava essa prática infantil e imatura. Hoje não julgo, pois foi isso que me aliviou nas crises que tive sozinha em casa. Tem quem pense que é besteira, mas é o que tem me dado um certo conforto pra alma.
Não tenho mais lágrimas, então o pouco sangue que corre é o que me acalenta.
Mas admito, essa é uma coisa horrível, se auto destruir, lentamente, por dentro e por fora...
Até agora não consegui resultados, satisfatórios, nada tem me ajudado. A vontade de morrer é constante.
Tenho medo. Medo, em um momento de crise, eu crie a coragem que me falta pra fazer o que mais desejo no momento.
Não tenho mais segredos, estou exposta neste mundo. Não tenho mais desculpas pra dizer que não estou louca.
A luz da lua, me acalmava, hoje olho para ela e sinto nojo, de mim, e de todos.
A porta se fechou, e não tenho mais saídas. nem janelas nem nada..
Me sinto o ser mais horrível da face da terra.
Não tenho mais esperanças.. Cansei de lutar. 
Me deixem em paz.

 Paulla Furtado

24/04/2013

Dance Of Death - Iron Maiden



Dança da Morte

Deixe-me contar uma história de arrepiar
Sobre uma coisa que eu vi
Uma noite vagando pelos pantanais
Eu tinha bebido um drinque, nada mais

Eu estava divagando, aproveitando a brilhante luz da lua
Olhando as estrelas
Não percebi a presença tão perto de mim
Observando cada movimento meu

Com medo eu cai de joelhos
Enquanto alguém correu de trás das árvores
Levou-me para um lugar profano
E foi lá que eu cai em desgraça

Então eles me invocaram para juntar-me a eles
À dança dos mortos
Para dentro do círculo de fogo eu os segui
Para o centro eu fui levado

Como se o tempo tivesse parado
Eu ainda estava entorpecido pelo medo mas eu ainda queria ir
E as chamas do fogo não me feriram
Enquanto eu andava sobre o carvão

E eu senti que estava em transe
E meu espírito foi levado de mim
Se alguém ao menos tivesse a chance
De testemunhar o que aconteceu comigo

E eu dancei e eu pulei e eu cantei com eles
Todos tinham a morte em seus olhos
Figuras sem vida todos eles eram mortos-vivos
Eles vieram do inferno

Enquanto eu dançava com os mortos
Meu espírito livre estava rindo e uivando para mim
Sob meu corpo morto-vivo apenas dançava o círculo dos mortos

Até que chegou a hora de nos reunirmos
Meu espírito voltou para mim
Eu não sabia se estava vivo ou morto
Enquanto os outros juntavam-se a mim

Por sorte uma confusão começou
E desviou a atenção de mim
Quando eles desviaram o olhar de mim
Foi o momento em que fugi

Corri como nunca, mais rápido que o vento
Mas eu não olhei para trás
Uma coisa que eu não me atreveria
Era olhar apenas para frente

Quando você sabe que sua hora chegou
Você sabe que estará preparado pra isso
Diga seu último adeus para todos
Beba e reze por isso

Quando você está deitado em seu sono, quando você está deitado em sua cama
E você acorda de seus sonhos para ir dançar com os mortos
Quando você está deitado em seu sono, quando você está deitado em sua cama
E você acorda de seus sonhos para ir dançar com os mortos

Sobre este dia eu acho que nunca saberei
Por que eles me deixaram partir
Mas eu nunca mais irei dançar
Até que eu dance com os mortos

13/04/2013

13 de Abril

Hoje, simplesmente fazem oito anos que minha vida mudou completamente. E pra melhor, com toda certeza!
Todo o amor, toda a esperança, todo o desejo, aquele grande sonho da minha vida, neste dia, se tornou realidade.
Lembro cada detalhe, cada dor, cada movimento, cada lágrima e cada sentimento deste grande dia.
Foi numa quarta-feira, passei o dia me preparando fisicamente e psicologicamente, para então as 19:27 eu receber o maior presente que Deus me deu. Meu filho.
Ao som de Queen ele veio ao mundo, mostrando toda a sua voz desde tão novo.
O primeiro olhar, o primeiro toque, sensações indescritíveis.
Ao passar dos meses, foi caindo a ficha, que sim, eu estava vivenciando aquele sonho, que até então achava impossível...
E com os anos passando, fui percebendo a grandiosidade de ser mãe. Momentos difíceis vieram, pequenos acidentes, cirurgia, internação. Mas tudo isso, foi superado, sempre com muito amor e dedicação.
Uma criança esperta, porém tranquila e assim é, até hoje.
Eu não sou uma mãe perfeita, bem longe disso. Mas eu me esforço e muito. Para dar educação, princípios e muito amor.
E sabe o que eu recebo em troca?
Carinho, amor, dedicação, preocupação, cuidados, mimos.
Meu filho é muito carinhoso. Como nunca imaginei que seria.
E se parasse pra contar todas as coisas lindas que ele faz e me proporciona, ficaria aqui por horas.
Hoje meu Limão (apelido dado por nós, carinhosamente depois de algumas manhãs acordando 'azedinho', de mau humor) completa oito anos.
Só pra descrever um pouquinho do que se passa, vivendo com esse amor, vou contar o que ocorreu hoje de manhã.
Muitas coisas aconteceram nos últimos dias, e muitas, envolvendo dinheiro. Por fim, constatamos que não poderíamos dar de presente o que pretendíamos. Ontem, falando com ele sobre isso, sabe o que ele me disse?
"- Mãe, pode deixar, eu sei que quando vocês tiverem dinheiro, vocês vão me dar alguma coisa."
O que esperar depois disto??? Ele simplesmente não existe. No bom sentido.
Então hoje de manhã, enquanto ele dormia, preparamos um café da manhã, simples, mas com salgado, bolo com velinha e achocolatado. ( Sim, porque, ele sempre lembra de fazer este tipo de coisa pra nós também.)
Fizemos também uma cartinha, com uma foto nossa, com alguns dizeres carinhosos.
Acordamos ele , cantando um belo parabéns. Ele não esperava e ficou muito feliz. E depois de fazer pedido, apagar a velinha, foi ler a cartinha.
Quando terminou, ele estava emocionado, e logo me abraçou, dizendo: -Amo muito vocês!
Eu perguntei porque ele estava chorando, e sabe o que ele me respondeu?
- Porque eu sou muito feliz e eu amo minha família.

Depois disso, acho que não preciso nem escrever mais nada...

Apenas falo pelo meu coração, meu e o do pai dele, e deixo registrado aqui: Obrigado meu Deus, por nos dar este presente tão abençoado e maravilhoso!

Paulinho, eu e o teu pai, te amamos muito, tu foi muito desejado e sempre será muito amado. Por nós e por todos que te rodeiam, porque tu esbanja muita luz por onde passa.
Te amamos.

Paulla Furtado







09/04/2013

Amigos

E nas horas mais difíceis é que a gente descobre quem são nossos amigos de verdade.
Nos aturando entre altos e baixos, nas loucuras e nas lições de moral..
Não sou perfeita, nem quero ser (mentira, quero sim), a gente vai fazendo o que pode..
Hj sou eu, depois, quem sabe.. 

E pode ter certeza, quem está comigo hoje, me terá amanhã.. No bom sentido!
Amo quem me ama, e dou valor a cada gesto de carinho, só não sei retribuir a altura, como deveria, pq essa sou eu, grossa e palhaça.. 

Mas amo, com toda a força do meu coração!


Paulla Furtado

05/04/2013

Quero ir embora..

Sabe..
É bom ver que há uma vida lá fora.
Que meus parentes e amigos, por mais difícil que seja, estão sabendo aproveitá-la.
E eu fico muito feliz por eles...
Sei que as coisas não são fáceis e nem teria graça se fosse ao contrário. Mas pra mim é muito mais do que isso.
Tenho medo do que me espera. Um medo que me paralisa, um medo que me assombra.
O escuro tornou-se coisa do passado, fichinha, como se diz por aqui. Depois de alguns anos, este pavor se elevou a um patamar, no qual tenho medo de descer. Tenho medo de cair, mais e mais.
Falar é fácil, o difícil, é as pessoas a minha volta entenderem o que se passa em minha cabeça. Não as julgo. nem eu me entendo.
Só quero estar em um lugar tranquilo. Só preciso sentir a terra em meus pés, a água no meu rosto, o vento em meu cabelo e o calor do meu corpo.
Algo me chama, não me sinto a vontade neste mundo. Não quero estar aqui.
A cada dia que passa, ganho coragem para fazer o inevitável.
Cansei de acordar todos os dias e vestir a máscara de uma pessoa feliz e equilibrada.
 Não estou feliz e nada equilibrada, me deixem ser o que sou.
Apenas eu posso mudar essa coisa toda. Mas admito, não consigo. Não quero sair de casa, não quero receber ninguém. Não gosto de ninguém sentindo pena ou nojo de mim.
Meu maior desejo é viver e morrer em um lugar no meio do mato, esquecida e solitária, com os meu próprio s sentimentos e pensamentos.
Eu sou um caso perdido. Só eu sei o quanto.
Tenho uma dupla personalidade. Esta que vos escreve é assim, pra baixo, totalmente depressiva e amoral.
Porém no meu inconsciente existe um 'eu' totalmente diferente, cheia de força e sorrisos, feliz e vencedora.
Mas não adianta. Não consigo trazê-la pra fora. Ela prefere ficar lá no fundo da minha alma, quietinha e isolada.
Meu mundo está por um fio. Eu só quero um colo, eu só quero ir pros braços do Bendito Deus.

Paulla Furtado

04/04/2013

Acabou

Eu passo a faca lentamente em meu pulso. Mas nada acontece.
Tento inúmeras vezes, por um fim no que mal comecei.
Passo novamente, cada vez mais forte, mas apenas uma pele branca se rasga, como uma pele de cobra.
Meu pulso, depois de várias tentativas fracassadas, começa a adormecer, e então eu vejo um pouco da segunda camada.
A dor que me consome, junto com as lágrimas que cai, não são suficientes para que eu consiga ir até o final.
Mil pensamentos passam em minha mente inquieta e insana.
Quero morrer, mas não sei o quanto este desejo é real. O sangue que não cai, me faz crer que eu não sirvo pra isso. Que não saberia ser útil nem na façanha de suicidar-me. Mas logo uma gota escorre por meu braço e sinto que o corte me deu um certo alívio. Porque não chorei compulsivamente, como nas outras vezes. As lágrimas caíram delicadamente em meu rosto, molhando meu pescoço e minha blusa.
A melancolia, de estar sozinha, de não ter alguém que dissesse para parar, me doeu na alma. Me senti abandonada. Coisas rotineiras sempre serão mais importantes do que a minha dor. E eu já devia ter me acostumado com isso. Mas não me acostumei.
Sinto que estou em um beco sem saída. Algumas pessoas querem me ajudar. Mas eu não quero ninguém apontando o dedo na minha cara e me dizendo o quanto estou perdendo. Eu sei. Só não tenho forças, e isso, ninguém entende.
Queria ver o sangue se esvaindo de meu corpo, assim como a minha alma. Sumindo, se acabando, morrendo.
Minha cabeça não pensa direito. Meu corpo não responde a nada.
Estou doente e preciso de um tratamento de choque. Mas ninguém se importa. Acham que é frescura. Acham que é uma fase... Quem me dera fosse simples assim.
Minha vida está passando. As coisas a minha volta, estão mudando, e eu aqui estagnada como uma estátua, com medo do mundo. Não quero sair, simplesmente quero morrer.
Na verdade, já me sinto morta a muito tempo. Mas vejo que chegou a hora de ser enterrada e logo esquecida. Cansei de fingir ser o que não sou. Cansei de pensar sempre no que os outros irão dizer.
Não espero um milagre. Converso com Deus todos os dias, mas ele resolveu me dar um "gelo".
Minha ferida está aqui, doída e querendo cicatrizar, mas ninguém faz questão de enxergá-la. E eu pouco me importo com isso. pois só eu sei as coisas mais horrorosas que já passei nessa vida.
Não tenho mais forças. Eu simplesmente entrego meus pontos aqui.
Agora terão motivos de me chamarem de louca. E de nunca me escutarem. Pois eu sinmplesmente desisto de ser alguém.

Paulla Furtado

03/04/2013

Amor

O que é o amor?
Bendita são as pessoas, que não amam.
E quando digo amor, é aquele amor entre homem e mulher.
Porque o amor entre mãe e filho, é o único sincero e verdadeiro. E por mais que seja doloroso, de vez em quando, este sim, vale a pena.
O amor que digo, é aquela doação de sentimentos, a troca.
É tão difícil, ouvir da boca de uma pessoa, ela dizer que te ama, mas nada mais é, do que miseras palavras. Sem sentimento algum. Palavras soltas ao vento, sem o menor cuidado de onde elas serão gravadas.
Me sinto uma inútil, falando dos meus sentimentos, com quem simplesmente não quer ouvir. Minha capacidade de ser o mais transparente possível me deixa fraca, sem forças.
Sempre pedi, apenas a verdade, por mais que seja dolorosa. Mas nunca obtive respostas..
Como amar, alguém que não se interessa pelo meu íntimo?!
Estou a tanto tempo com alguém, que hoje, vejo que não conheço...Não confio.
Eu sei cada movimento e seus significados. Eu sei quando ele está pra baixo, quando não quer conversar, quando quer um tempo pra si.
Sei das coisas que gosta, do que quer do futuro. E eu sempre quis fazer parte dessa história.
Eu mudei, amadureci, mas ele nunca quis saber das minha paixões. Nunca parou pra conversar, por vontade própria. A cada toque ou gesto de carinho, foram arquitetados ou pedidos. E isso não é amor. Iso é apenas convívio, compaixão, pena, não sei.
Sei que erro inúmeras vezes, mas sempre estou disposta a ouvir as críticas e tentar melhorar. Mas isso deveria servir pra ambas as partes. Mas não acontece.
Parece que estou lutando contra uma parede. Eu falo, falo, mas desta parede nada sai.
Uma palavra de conforto, uma verdade, uma prova de carinho e amor.
Estou cansada dessa vida.. Deste mundo..
Me fale a verdade, e tentaremos resolver, porque pra mim não tá dando mais.. meu tempo acabou.

Paulla Furtado